Quando o seguro não dá para mais

Jornal Expresso, 15 de Novembro de 2008

Neste artigo com o subtítulo “Cobertura esgota, doentes não têm verba e privados ‘dão alta’ para SNS”, o Jornal Expresso apresenta casos reais de doentes que esgotaram a cobertura de seguros de saúde e tiveram de deixar de ser tratados nos hospitais privados, sendo transferidos para os hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

 

[…] As seguradoras e os privados agem como empresas, gerem um negócio à procura de lucros, logo, prestam serviços a quem os paga. Quem não pode tem sempre as “portas abertas” no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que recebe cada vez mais doentes que os privados deixaram de tratar por falta de garantia de pagamento, na prática, quando esgotam os seguros. E em diagnósticos graves, como cancro ou que impliquem Cuidados Intensivos, as coberturas acabam num lapso.

Não há números sobre esta “migração de doentes” porque o Estado não pode descriminar a assistência – por exemplo, sinalizando quem vem de unidades privadas -, mas existe a percepção dos médicos que lidam com os casos. “A situação tem vindo a piorar e, neste momento, há um doente por mês transferido do privado. Até tenho exemplos da Quinta da Marinha”, revela o Director de Oncologia de Cascais, Maurício Chumbo. […]

“E quem lê as entrelinhas das apólices pode concluir que “os seguros de saúde em Portugal são para pessoas saudáveis”

[…] E quem lê as entrelinhas das apólices pode concluir que “os seguros de saúde em Portugal são para pessoas saudáveis”, como já se ouve dizer a muitos médicos do Estado. […]